Travesti tem casa invadida e é morta a pauladas e pedradas em Fortaleza

Vítima foi identificada como Mirela. Foi, pelo menos, o terceiro caso de pessoas trans assassinada neste ano no Estado, conforme levantamento do O POVO. Caso ocorreu no bairro Floresta

Uma travesti de 27 anos foi morta a pauladas, pedradas e golpes decorrentes de objeto perfurocortante na noite desse sábado, 18, no bairro Floresta, em Fortaleza. Foi, pelo menos, o terceiro caso de pessoas trans ou travesti assassinada neste ano no Estado, conforme levantamento do O POVO.

No caso deste sábado, a vítima foi identificada apenas como Mirela. Ela teria tido a casa invadida pelo autor do crime, que passou a desferir as agressões. Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), Mirela chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

A SSPDS informou que a 8ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso. Até a publicação desta matéria, nenhum suspeito do crime foi preso.

Antes de Mirela, ao menos, duas outras travestis haviam sido assassinadas em Fortaleza. Em 8 de fevereiro, o corpo de uma travesti foi encontrado por moradores no Rio Cocó, altura da comunidade do Tasso, localizada no bairro Jardim das Oliveiras. Ela foi identificada apenas como Lelê. 

Já em 11 de fevereiro, uma travesti foi morta a facadas na Avenida Osório de Paiva, altura do bairro Siqueira. A vítima, que não teve o nome divulgado, foi esfaqueada dentro de um terreno e tentou fugir, vindo a óbito, com a faca ainda cravada no peito, na entrada de um motel.

Assassinatos de pessoas trans no Ceará em 2022

No ano passado, 11 travestis foram mortas no Estado. Em 10 de fevereiro último, a SSPDS divulgou em seu site matéria que afirmava que, conforme dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), dois desses casos tinham relação com a identidade de gênero da vítima.

“Os outros (homicídios) as causas eram porque as pessoas já estavam envolvidas em algum tipo de crime”, afirmava o titular da Supesp Nabupolasar Feitosa.

O POVO solicitou à SSPDS a lista de quais dos casos de mortes de travestis teriam relação com a identidade de gênero da vítima, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Fonte: O POVO

 

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