Começou a 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, e com ela, a presença marcante do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans). Como a única rede Trans no Movimento Negro Brasileiro, o Fonatrans está participando com uma delegação de mais de 20 integrantes, todas dedicadas a um objetivo crucial: elaborar políticas públicas que enfrentem o racismo e a transfobia estruturais.
Durante quatro dias, essas delegadas e delegados trabalharão na discussão e aprovação de propostas que visam mitigar os efeitos do racismo histórico brasileiro. A conferência serve como um espaço vital para a articulação e o fortalecimento de ações que promovam a igualdade e a justiça social.
A participação do Fonatrans sublinha a importância de incluir a perspectiva de pessoas trans e travestis nas discussões sobre igualdade racial. Elas são parte fundamental do povo preto que, com sua força e história, construiu o Brasil, mas que hoje ainda enfrenta as mazelas do preconceito e da violência.
A frase que ecoa no evento é clara e contundente: “Enquanto houver racismo, não haverá democracia.” Esta mensagem ressoa como um lembrete de que um país não pode se considerar verdadeiramente democrático se uma parte de sua população continua a sofrer com a persistência do racismo em alta escala.
O evento é um passo importante na luta por um Brasil mais justo e equitativo, onde a diversidade seja não apenas respeitada, mas valorizada, e onde as políticas públicas sirvam para reparar e transformar a realidade das pessoas que mais sofrem com a desigualdade.
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