NOTA DE PESAR
Letícia, travesti, tinha 17 anos. Nesse fim de semana, depois de ser assassinada, foi colocada em um saco de estopa e jogada num terreno baldio da periferia de Boa Vista. Apesar de muito jovem e cheia de vida, Letícia já tinha conhecido a violência e a prostituição e sua história trágica repete a história de milhares de pessoas TRANS. A condição em que seu corpo foi encontrado pode sinalizar mais um crime de ódio, como tantos que vêm sendo cometidos contra travestis na nossa história.
A ATERR tem atuado para produzir e fortalecer uma rede de apoio para as pessoas TRANS em Roraima, mas reconhece os limites de sua atuação diante de uma sociedade que nega direitos aos jovens, discriminando-os, excluindo-os e até eliminando-os como se fossem descartáveis. Sabemos que a insegurança e a violência tem crescido em nossa cidade, mas não podemos nos calar diante de um crime que, além de tirar a vida de alguém tão jovem como Letícia, ainda atenta contra a própria dignidade humana na expressão de sua diversidade, produzindo efeitos negativos não apenas na vítima mas em toda a comunidade de pessoas TRANS de Roraima. A ATERR espera que haja investigação e que se encontre a pessoa responsável por mais esse crime contra a vida de uma travesti, porque nossas vidas importam!
Sabrina Nascimento.
Presidenta da ATERR
MEU DEUS ATÉ QUANDO IREMOS VIVER ASSIM.SEM SABER SE O AMANHÃ ESTAREMOS VIVAS.COM ESSA SOCIEDADE IMPOCRITA QUE VIVEMOS😭😭😭😭SOU TRAVESTI A 43 ANOS MORO NA CIDADE DE PONTA GROSSA PARANÁ
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