Desmond afirma que usa roupas femininas desde pequeno, e que ganhou seu primeiro vestido aos seis anos
Saia,
maquiagem, brincos e cores extravagantes. Esse é o perfil do menino
novaiorquino Desmond, 11 anos, que tem se destacado nas redes sociais por ser
uma criança drag queen. Em entrevista ao jornal Metro, Desmond afirma que usa
roupas femininas desde pequeno, e que ganhou seu primeiro vestido aos seis
anos. "Quando eu tinha dois anos de idade, eu costumava usar os saltos da
minha mãe, lençóis de cama, toalhas ou até mesmo papelão para fazer vestidos de
mentirinha", conta.
Desmond
defende os direitos LGBTQs e tem um coletivo, chamado Haus of Amazing para
crianças drag com a intenção de prevenir o bullying e o suicídio. "As
pessoas têm o direito de dançar, cantar ou se vestir do jeito que quiserem.
Você pode se expressar como quiser. Não importa se você gosta de jazz ou rap,
balé, dança de salão, vestidos ou ternos", afirma ele em seu site.
A
comunidade criada por Desmond reivindica em perfil do Instagram: "Queridos
haters, suas palavras não me machucam, eu estou seguro de quem eu sou. Vocês
não vão me mudar, eu serei eu mesmo, sempre. Vocês nunca vão me parar, eu sou o
futuro. Vocês não vão me envergonhar, diferente de vocês eu não sou um
valentão. Vocês não significam nada para mim, vocês são como uma mosca que eu
espanto".
A mãe,
Wendylou Napoles, acredita que o mais importante é ver o filho feliz. Ela
apoiou o encontro do garoto com a drag queen RuPaul, no ano passado, e a
participação dele na Parada do Orgulho LGBT em Nova York.
Além
disso, Wendylou monitora as redes sociais do garoto e filtra os comentários
para que ele não veja opiniões preconceituosas. "Minha mãe olha minhas
mídias para tirar mensagens de ódio antes de eu ver. Uma vez eu vi que alguém
havia escrito 'queime no fogo' e eu achei rude, mas não recebo críticas em
público", aponta.
Desmond
expõe que tem uma agenda agitada com sessões de fotos e entrevistas depois da
escola. No entanto, ele diz que isso não atrapalha a sua infância. "Eu
brinco no parque quase todos os dias e eu não disse que atuo como drag queen aos
meus amigos da escola, porque não quero ser um alvo de distração. Não sei se
eles entenderiam", explica.
Fonte: O Tempo
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