Conheça a travesti que é atriz e investigadora da Polícia Civil em MG: 'Minha família tem orgulho de mim'

Fernanda Aleixo, graduada em Artes Cênicas pela UFOP, redescobriu a identidade de gênero em personagem que interpretou na peça 'Paraíso'. Ao g1, ela também falou sobre o processo de transição e na relação com os colegas da corporação, em Juiz de Fora.



Dia 13 de setembro ficará marcado como a data em que Fernando Aleixo Marliere tomou a decisão de solicitar o uso do nome social nos documentos pessoais, em uma longa batalha de descobertas e transformações.

Em novembro do ano passado, a travesti apareceria publicamente como Fernanda em uma coletiva de imprensa da Polícia Civil em Juiz de Fora.

Segundo a investigadora, de 33 anos, embora vítima de olhares desconfiados em alguns momentos, a reação dos colegas policiais e das pessoas com quem lida diariamente na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) é positiva.


aceitação da família e a formação em artes cênicas também são pilares para o processo de transição. Dos palcos, inclusive, veio o pontapé para a autoidentificação, após interpretar uma travesti em uma peça de teatro.

Faculdade e trabalho

Aos 18 anos, Fernanda, natural de Inhapim, no Vale do Aço, seria aprovada no curso de artes cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

No mesmo ano, passou no concurso público para investigadora da Polícia Civil, conciliando faculdade com trabalho. “Fiz o primeiro período da faculdade e logo depois a polícia chamou. Fui para a academia de polícia e voltei para Ouro Preto. Trabalhava de dia e estudava à noite”.


Após chegar na cidade histórica, veio a coragem em se assumir gay. “Foi nessa época que saí do armário e falei para minha família”, contou.

Seis anos depois, uma peça de teatro, já em Juiz de Fora, cidade onde reside atualmente, mudaria novamente a relação com a sexualidade.



Fonte: G1

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