Uma travesti identificada como Bruna foi encontrada morta e com marcas de agressões em uma rua do Gama, no Distrito Federal, na madrugada da última quarta-feira (11). O crime é investigado pela Polícia Civil (PC). Até o momento, ninguém foi preso.
Militares foram chamados para uma ocorrência de agressão física. Porém, quando chegaram ao local, encontraram a vítima já sem vida. O Corpo de Bombeiros também foi acionado. “A vítima apresentava o corpo bastante ensanguentado, e, em avaliação de nossas equipes foi encontrado ao menos uma perfuração, próxima ao ombro direito”, disse a corporação.
Os bombeiros também revelaram que a mulher sofreu um ferimento de arma branca, cujo objeto foi encontrado pela Polícia Militar. Porém, a corporação não deu mais detalhes de qual objeto seria esse que foi usado para ferir a vítima.
Travesti pediu socorro
De acordo com a Polícia Civil, testemunhas disseram que a vítima era sem-teto e que um porteiro da região ouviu, por volta das 2h da manhã, um pedido de socorro. Porém, quando o homem chegou no local, já deparou com a travesti ferida e caída ao chão.
Uma outra testemunha revelou que conhecia Bruna e esteve com ela mais cedo, mas não soube dizer quem pode ter atacado a vítima. O caso aconteceu em frente ao Conselho Tutelar da 1 da região, próximo à 20ª Delegacia de Polícia do Gama, local onde o crime está sendo investigado (com informações do G1).
Em Goiânia, homossexual agredido por um policial
Um vídeo flagrou um PM agredindo homossexual em Goiânia. O caso de homofobia ocorreu em uma distribuidora de bebidas na noite de segunda-feira (9). Atitude já foi já foi denunciada à Polícia Civil e à Corregedoria da Polícia Militar (PM). O militar que aparece no vídeo tem patente de soldado.
Câmeras de segurança do estabelecimento, que fica no Parque Acalanto, registraram quando o PM, que estava de folga, levanta do local em que estava sentado, e, após breve discussão, dá um tapa no rosto do jovem. Em seguida o militar, que em momento algum se apresentou como policial, sacou uma pistola da cintura, e, de acordo com a vítima, ameaçou matá-lo.
Advogado: caso é de homofobia
Advogado do rapaz agredido, Matheus Hummel Margon disse que seu cliente, que é homossexual assumido, foi xingado várias vezes pelo PM, e, ao indagar o que estaria acontecendo, recebeu um tapa no rosto. Em um vídeo, gravado pelo próprio jovem, dá pra ouvir quando o PM reforça o xingamento dizendo, “tô te chamando de viadão mesmo”, e em seguida o agride.
Após o tapa, segundo o advogado, o militar sacou a arma e ameaçou dizendo “vou te matar, viadão”. Esta ameaça, porém, não foi filmada.
Jovem homossexual registrou crime logo após agressão em Goiânia
Logo após a agressão, o jovem registrou ocorrência na Corregedoria da PM, onde realizou exame de corpo de delito, e também na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), de Goiânia. Junto com o advogado, ele também procurou o Ministério Público Estadual, onde pediu providências a uma promotora do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial.
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