Em 1968, a engenheira de computação Lynn Conway trabalhava na IBM. Com uma carreira considerada promissora, ela anunciou ao seu supervisor que planejava fazer a transição de gênero em breve — como continuação de um tratamento que havia começado em 1950 — e não sofreu nenhuma retaliação imediata dele. Contudo, a história chegou aos ouvidos do presidente da companhia à época, Thomas J. Watson Jr., que teve um atitude intolerante: demitiu a funcionária naquele ano.
Apesar do nome dela não ser tão popular, Conway é um nome de peso dentro do setor de tecnologia. A ela é creditada uma invenção capaz de acelerar a velocidade de praticamente todos os microprocessadores utilizados atualmente. Em 1985, tornou-se professora na Universidade de Michigan e, em 1989, foi nomeada para a Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos.
De acordo com informações da revista Forbes, cinquenta e dois anos após a demissão, a ex-funcionária recebeu um pedido de desculpas formal da empresa a respeito do ocorrido, em uma reunião virtual. Mais de mil funcionários acompanharam a transmissão, que contou com a entrega de um prêmio para Conway, a respeito de suas desobertas e sua contribuição para a empresa.
“Em vez de ser apenas uma resolução do que havia acontecido em 1968, tornou-se uma celebração de grupo sincera de quão longe todos nós chegamos desde então”, disse Conway à revista.
Hoje, a IBM promove iniciativas de inclusão de pessoas trans no ambiente de trabalho — como o auxílio em forma de terapia e cursos contínuos de diversidade no ambiente de trabalho. Este ano, a companhia anunciou que deixará de desenvolver tecnologia de reconhecimento facial, em uma medida contra o racismo e a vigilância extrema.
Fonte: EXAME
Comentários
Postar um comentário