Família expulsa hétero de casa por assumir namoro com mulher trans

 


O jovem Guilherme Rafael Claret, que vive na cidade de Umuarama, no Paraná, usou suas redes sociais para desabafar sobre a dificuldade que é ser um homem hétero cis e decidir namorar com uma mulher trans na sociedade brasileira, que como se sabe, é conservadora e cheia de transfobia.

Ninguém deveria se importar com quem você ama ou deixa de amar, certo? Pois não é o que acontece muitas vezes em relacionamentos com pessoas trans, que muitas vezes fazem as pessoas colocarem em dúvida até a orientação sexual do parceiro cisgênero do relacionamento.

Com apenas 18 anos, Guilherme chegou a ser expulso de casa pela família após revelar que está namorando Victoria Moorish, uma mulher trans: “Não aceitaram. Só queria que me entendessem sem preconceito!”, desabafou Guilherme em um grupo do facebook.


Mesmo assim, a transfobia felizmente não o fez desistir do amor. Ontem (21) os dois oficializaram a união. Após seu post de desabafo, a atualização do namoro do casal no Facebook de Guilherme atingiu mais de mil curtidas e mais de 300 comentários desejando felicidades aos dois.


A influenciadora Bryanna Nasck, que também é trans, falou sobre o assunto em seu Twitter: “Para o homem cisgênero amar uma mulher trans, ele não precisa apenas superar seus próprios preconceitos, mas também suportar uma pequena fração da transfobia que a mulher que ele ama vive todos os dias. É um choque completo para quem nunca teve sua vida em questionamento”.

Ela continua na thread onde debate a transfobia também sofrida por cisgêneros que se relacionam com pessoas trans: “O homem que ousa amar uma mulher trans, tem sua masculinidade, sexualidade e gênero colocados em cheque. Eles tem suas vidas viradas de cabeça para baixo apenas por que ousou amar uma mulher trans. Por isso é tão comum mulheres trans se sujeitarem a relacionamentos abusivos. Se envolver já é complexo, imagine dentro destas circunstâncias”.


“É louco falar que merecemos respeito e dignidade. Mas enquanto houver pessoas que nos olhem como abominações. Eu irei repetir somos pessoas! Nossa identidade é uma fração de quem somos e isso nunca será um fator determinante em nada e nem em ninguém”, diz Bryanna em sua reflexão sobre o assunto.

Ela finaliza desabafando: “Já é foda encontrar alguém decente, agora imagina que aguente o impacto de sair com uma grande gostosa de peito e pau? Força para a gente!”.


Fonte: Põe na Roda







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