Transexual
brasileira diz que policial italiano teria ameaçado deportá-la
Um dos envolvidos no escândalo que culminou na
apreensão de uma delegacia inteira em Piacenza, no norte da Itália, teria
ameaçado deportar uma transexual brasileira se ela não aceitasse ter relações
sexuais.
O caso tem como epicentro uma delegacia da Arma dos
Carabineiros, a polícia militar italiana, situada no centro de Piacenza e já
levou à prisão de seis oficiais acusados de tráfico de drogas, receptação,
extorsão, prisão ilegal, tortura, lesões pessoais, peculato, abuso de poder e
falsidade ideológica.
Os crimes teriam ocorrido a partir de 2017 e
chocaram a Itália, que teve pela primeira vez uma delegacia inteira interditada
pela Justiça. Outras 12 pessoas são investigadas, sendo que sete estão presas e
quatro estão em detenção domiciliar.
Além das denúncias reveladas nos últimos dias, o
comandante da delegacia, marechal Marco Orlando, agora é acusado pela
transexual brasileira Francesca de chantageá-la para conseguir relações
sexuais.
Por meio de sua advogada, Elena Concarotti, a
vítima pediu para ser ouvida pelos magistrados e contou que foi "ameaçada
várias vezes", dizendo que foi obrigada a fazer sexo e que chegou a ser
espancada dentro da delegacia.
Segundo
a transexual, Orlando, que está agora em prisão domiciliar, dizia que a
"mandaria ao Brasil" se ela "não colaborasse". Após a
revelação do escândalo, a Arma dos Carabineiros substituiu seus comandantes na
província de Piacenza.
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