Travestis e transexuais de BH receberão renda mínima durante quarentena por coronavírus

As pessoas que pretendem receber a renda mínima precisam se cadastrar por um número de whatsapp.


Ativistas trans durante Parada do Orgulho LGBT. (Foto: Arquivo/Gabriela Biló/Estadão)

Uma ONG voltada ao atendimento de travestis e transexuais de Belo Horizonte vai distribuir uma renda mínima para que seus integrantes possam ficar em casa, sem trabalhar, reduzindo o perigo do contágio pelo novo coronavírus. A estimativa é que 90 deles recebam R$ 100, e cerca de 10 recebam R$ 200.
A diferença dos valores é de acordo com a idade. Segundo a idealizadora da ONG Transvest, travestis e transexuais com mais de 35 anos de idade já são considerados idoses, e receberão a quantia maior. “A expectativa de vida das pessoas trans não supera os 35”, explicou Duda Salabert.
Para chegar ao total de beneficiados, a entidade avaliou o seu caixa atual. “Pelo caixa da Transvest, vimos que conseguirmos retirar R$ 9.000 mensais para distribuir como renda mínima.”
As pessoas que pretendem receber a renda mínima precisam se cadastrar por um número de whatsapp. Salabert explica que os 90 primeiros passarão por uma avaliação feita por psicólogos voluntários da ONG para saber de suas condições sócio-econômicas. “Os 90 primeiros que se cadastrarem, a gente vai fazer contato, ver a situação sócio econômica, porque a gente quer ajudar as mais vulneráveis.”
Os psicólogos também farão atendimento individualizado, mesmo para quem não quiser se candidatar à ajuda de custo, para ajudar a enfrentar a pandemia.


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O anúncio foi feito pelas redes sociais da ONG. Salabert diz no vídeo que 90% das pessoas trans estão na prostituição.
A entidade pretende ampliar o número de pessoas a serem ajudadas e, para isso, abriu uma vaquinha pela internet.

A Transvest atua há quatro anos na capital mineira. É um projeto pedagógico que oferece aulas gratuitas de supletivo e pré-vestibular para os seus integrantes poderem concluir os estudos, além de defesa pessoal e suporte psicológico. Todo o trabalho é feito por voluntários. 

Fonte: Gay1

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