Quatro são procurados e 18 mandados de busca foram cumpridos. Força-tarefa diz que jovens eram obrigadas a se prostituir e até agredidas após submetidas a 'tribunal do crime'.
![Operação Cinderela cumpre mandado em edifÃcio na Rua Rui Barbosa em Ribeirão Preto. (Foto: Michele Souza)](https://www.gay1.com.br/wp-content/uploads/2019/03/carro-pf-travestis-transexuais-riberao-preto-gay1-1024x641.jpg)
Seis pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (13) e quatro são consideradas foragidas por suspeita de integrar uma quadrilha de exploração de jovens travestis e transexuais em Ribeirão Preto (SP). Os agentes também cumpriram 18 mandados de busca e apreensão na cidade.
Batizada de Operação Cinderela, a força-tarefa contou com equipes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) e Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae).
Segundo o MPT, um dos alvos da operação já estava preso em razão de outro processo criminal, em que é investigado por dois homicídios e pelo desaparecimento de três transexuais, sendo uma delas adolescente.
Os agentes cumpriram mandados em endereços nos bairros Jardim Salgado Filho, Quintino Facci I, Centro, Vila Tibério, Vila Tamandaré e Avelino Alves Palma. Um micro-ônibus foi usado para transportar as 38 vítimas identificadas até a delegacia da PF para prestarem depoimento.
![Quarto em imóvel alvo de mandado de busca na Operação Cinderela em Ribeirão Preto. (Foto: Divulgação)](https://www.gay1.com.br/wp-content/uploads/2019/03/cinderela-travestis-transexuais-riberao-preto-gay1-1024x662.jpg)
Investigação
Em nota, a PF informou que a investigação teve início a partir das denúncias de duas vítimas, que conseguiram fugir do local onde eram obrigadas a se prostituírem. A maioria delas é natural de estados do Norte e Nordeste brasileiros.
A quadrilha prometia às travestis e transexuais procedimentos de readequação do corpo, além de hospedagem e alimentação. Por isso, as vítimas já chegavam a Ribeirão Preto com dívidas referentes aos valores das passagens e despesas de viagem.
“Criada a condição de dependência econômica e ascendência sobre as vítimas, os aliciadores davam início à transformação corporal daquelas, com a aplicação de silicone industrial e realização de procedimentos cirúrgicos ilegais, de modo a aumentar ainda mais a dívida das vítimas.”
Fonte: Gay 1
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