Mulher é colocada em cela masculina após médico acusá-la de ser trans (e ela não era… ainda que não se justifique!)
Fior Pichardo de Veloz, uma senhora que vive na República Dominicana,
está processando a polícia da Flórida após eles a prenderem e a
colocarem em uma cela masculina achando que ela era uma mulher trans
(como se justificasse, trans ou cis, lugar de mulher prisioneira é na
cela feminina).
Fior, que tinha ido aos Estados Unidos para ver o nascimento de seu
neto, passou dez horas esperando na prisão até ser analisada e julgada
por médicos que decidiram que ela era sim uma mulher transgênero.
Além de julgarem sua aparência, a decisão médica se deu pela
quantidade de hormônios femininos que ela carregava na bolsa. O que os
médicos não acreditaram, é que as pílulas eram apenas recomendação
médica pela menopausa que ela passa atualmente.
Segundo informações do LGBTQNation,
o Dr. Rodriguez-Garcia “examinou” Pichardo, mas não pediu para que ela
tirasse a roupa ou fizesse algum exame físico. Ele também não perguntou a
ela “se ela era uma mulher ou homem (cisgênero ou transgênero)” ou por
que ela tomava pílulas de hormônio, de acordo com o processo.
Mesmo depois de três policiais questionarem a decisão diretamente,
eles foram obrigados pelas instruções da enfermeira e do médico, que
apenas repetiriam “Ela é um homem”.
Na cela, Fior Pichardo ficou detida por quase 1 dia, cercada de 40
homens. À reportagem, ela disse ter sentido muito medo de se mover ou
mesmo ir ao banheiro, urinando em si mesma.
Agora, tanto o médico quanto a enfermeira que insistiram que ela era uma mulher trans, serão processados.
Assim que sua família soube de seu paradeiro, procurou a polícia e um
novo exame de sexo biológico foi ordenado, constatando o erro (ou um
dos erros, né? Se fosse uma mulher trans, também não se justificaria a
cela masculina).
O juiz Frank Hull, que analisa o caso, afirmou: “Todo agente de
prisão e médico razoável sabe que não se pode classificar uma mulher na
ala masculina e colocá-la na cela com homens. Isso é ilegal”.
O motivo de sua detenção no aeroporto e que culminou em horas na
prisão foi a descoberta de uma acusação antiga relativa a porte de
drogas. Na República Dominicana, Fior trabalha como advogada. Anos
atrás, ela foi detida sob esta acusação. Após a inspeção de uma policial
feminina na delegacia, que disse não ter encontrado nada, a história se
provou falsa.
Fonte: Põe na Roda
Comentários
Postar um comentário