Por Edmar Ferreira
A candidata Erica Malunguinho da Silva, do PSOL, foi eleita neste domingo (7) deputada estadual por São Paulo. É a primeira vez que uma pessoa transgênera consegue uma vaga na Assembleia Legislativa Paulista - em mais de 180 anos de existência da Casa. Erica obteve pouco mais de 54,4 mil votos com 98,28% das seções apuradas, o que já garantiu matematicamente sua eleição.
Mulher, trans, negra, natural de Pernambuco, Erica é mestra em estética e história da arte pela USP e criadora da Aparelha Luzia, um quilombo urbano, espaço para fomentar produções artísticas e intelectuais na capital paulista. Ela também atua na área de educação, voltada para a capacitação professores da rede pública e privada.
Em Pernambuco, a travesti Robeyoncé Lima, do mandato coletivo Juntas, vai fincar o pé na Assembleia Legislativa em 2019.
Robeyoncé Lima será a primeira travesti a ocupar uma cadeira na Casa. “Estamos ocupando um espaço institucional, quase sempre foi cheio de homens brancos e ricos. Nós, travestis, já fazemos política com nosso próprio corpo. Agora poderemos também fazer nos espaços institucionais”, analisou.
Além de Erica Malunguinho, a trans Erika Hilton é uma das nove integrantes da Bancada Ativista, candidatura coletiva voltada para eleger ativistas para poder legislativo, que foi eleita.
Negra, estudante de gerontologia na Universidade Federal de São Carlos, ela se apresenta como uma mulher transvestigênere que luta pelo direito à vida, dignidade e direitos sociais e humanos para as pessoas marginalizadas e excluídas.
O grupo foi formado como um movimento suprapartidário, mas como a lei não permite candidaturas independentes, concorreu à vaga pelo PSOL.
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