Gêmeas, Jaclyn and Jennifer nasceram em junho de 1995 em Baltimore, nos
Estados Unidos. Mas foi em 2013 que as duas se uniram ainda mais para assumir a
identidade de gênero com a qual sempre se identificaram.
Nascidas em uma família cristã conversadora, assim que chegaram aos 18
anos as irmãs idênticas resolveram passar juntas pela transição hormonal para
terem a aparência física masculina.
Em
entrevista ao “Daily Mail”, Jack e Jace, como se
identificam atualmente, afirmaram que na infância rezavam antes de dormir para
“acordar como um menino”, uma vez que não entendiam a questão da
transexualidade; pouco falada e discutida há alguns anos.
“Quando
éramos crianças, eu chorava e rezava para Deus para acordar em um corpo
masculino, eu não entendia nada sobre a transexualidade. Hoje, eu estou muito
mais feliz comigo mesmo do que estive a vida inteira. Aquele sentimento
desconfortável com que eu vivia desapareceu completamente”, afirma Jack.
Em
2017, os dois começaram a tomar medicamentos para crescer barba e fizeram a
cirurgia para a retirada das mamas.
“Quando nós nos
assumimos, foi para a família toda, de uma vez só – mamãe, papai e nossa irmã
mais velha. Nossos pais nunca tinham visto algo parecido antes disso. Nunca
tiveram experiencias com pessoas gays ou transgênero. E meu pai é um pastor”,
complementou o jovem, atualmente com 23 anos.
Cherife
oficial da Justiça, Jack afirma que, no começo, muitas pessoas no ambiente de
trabalho não sabiam lidar com a situação e ainda se referiam a ele como “ela”.
“Toda
vez que eu ouvia ‘ela’ ou ‘dela’ era como se me chutassem no estomâgo. Machuca,
mas eu entendo. Quando jovem, eu era cético em relação a mim mesmo. Para
algumas pessoas é dificil digerir essa realidade”, diz.
Já Jace afirmou que
ter o apoio do irmão foi fundamental para passar por essa fase de descobertas.
“Honestamente,
o lance de ser gêmeos nos ajudou. Se eu voltasse para quando tinha 15 ou 16
anos, eu nunca pensaria que teria chegado até aqui. Era uma fantasia e eu
sempre desejei ser feliz, mas nunca tive coragem o suficiente. Com meu irmão,
eu não me sinto sozinho. Alguém está vivendo as mesmas experiencias que eu,
isso me fortalece”, conclui.
Fonte: UOL
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