A cantora Linn da Quebrada usou suas redes sociais na noite desta segunda-feira (20) para fazer uma denúncia de discriminação. De acordo com o relato, ela solicitou um veículo através do aplicativo Uber e, assim que ele chegou, o motorista se recusou a fazer a corrida ao perceber que se tratava de uma travesti. E, ainda segundo ela, não foi a primeira vez que isso aconteceu.
"Eu que sou constrangida constantemente e seus motoristas continuam impunes e sendo beneficiados. O mínimo que você @Uber_Brasil deveria fazer é fornecer algum tipo de treinamento no que diz respeito a diversidade, respeito e relações humanas. E se posicionar com esse tipo de motorista que nos violenta constantemente. Se você não se posiciona e permite a violência, você a apoia. Qual vai ser? Posicione-se. Ou a diversidade só te interessa enquanto palanque e captação monetária?", questionou.
A provocação fez referência às constantes ações realizadas pela empresa em prol da diversidade. A Uber chegou a ter, neste ano, um trio elétrico patrocinado na Parada LGBT de São Paulo na Avenida Paulista. Até o momento, a companhia não se ponunciou sobre o caso.
Linn é uma das precursoras da cultura trans e travesti no Brasil. Além de sua carreira na música, ela ganhou destaque recentemente ao estrelar Bixa Travesty, documentário de Kiko Goifman e Claudia Priscilla que relata sua transformação e seu processo criativo. No início deste ano, o longa venceu o Teddy Award (chamado popularmente de Urso de Ouro LGBT), prêmio entregue aos melhores filmes com a temática no Festival de Berlim.
E nada aconteceu.. eu que sou constrangida constantemente e seus motoristas continuam impunes e sendo beneficiados @Uber_Brasil
— Linn da Quebrada (@linndaquebrada) 20 de agosto de 2018
se vc não se posiciona e permite a violência, vc a apoia. E aee @Uber_Brasil , qual vai ser? Posicione-se. Ou a diversidade só te interessa enquanto palanque e captação monetária?
— Linn da Quebrada (@linndaquebrada) 20 de agosto de 2018
Fonte: Jovem PAN
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