Bolo de aniversário tem fotos de 77 transexuais assassinadas; entenda

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A expectativa de vida de uma pessoa negra e transexual nos Estados Unidos é de 35 anos. Ao completar 34, a ativista e advogada Ashlee Marie Preston decidiu usar seu bolo de aniversário para discutir a violência transfóbica e lembrar vítimas que foram assassinadas antes de chegar a esta idade. 
"Hoje eu completo 34 anos. Ironicamente, não vou chegar aos 35", escreveu  Preston, ao publicar foto do bolo no Instagram. 
Thank you for all the birthday wishes! 🙏🏾 Today I turned 34! ❤️ Sadly the average life expectancy for a black trans woman in America is 35 years old...I had @cakeandart place the photos of 77 black trans women who were murdered under 35 years old on my cake. I’m rolling out the #ThriveOver35 campaign today which is intended to help black trans women reimagine themselves somewhere other than an open casket. Please use this hashtag for every birthday under and over 35 years old to remind our sisters brothers and others that we’re not only surviving we’re THRIVING!! ✊🏾✨💫 . . . . . . . . . . . . . . . #Thrive #live #birthday #happybirthday #happybirthdaytome #celebrate #blacktranslivesmatter #blacktranswomen #women #trans #lgbtq #lgbt #masterpiece #queer #facts #statistics #picoftheday #bestoftheday #instagram #instadaily #daily #instagood #media #losangeles #LA #campaign #blacklivesmatter #blm #pride
Uma publicação compartilhada por Ashlee Marie Preston (@ashleemariepreston) em


Na cobertura, Ashlee mandou estampar o rosto de 77 transexuais negras assassinadas por transfobia antes dessa idade nos Estados Unidos. 
"Estou lançando hoje a campanha 'Prospere Além dos 35' para ajudar [outras] mulheres trans negras a se imaginarem em outro lugar que não seja um caixão. Por favor, entre nessa para lembrar aos nossos irmãos e irmãs que não estamos apenas sobrevivendo, mas sim prosperando", escreveu. 
Aqui no Brasil o cenário não é melhor: o país lidera o ranking mundial de assassinatos a transexuais e travestis, com uma morte a cada 48 horas
Apesar da seriedade do assunto, a ativista tratou o tema com bom-humor em entrevista ao "HuffPost USA": "Estou de dieta desde fevereiro. Então pensei: 'Já que é para quebrar o regime e comer bolo, que seja por uma boa causa". 
Em 2017, Ashlee fez história a se tornar a primeira editora-chefe de uma revista norte-americana, no comando da publicação feminista "Wear Your Voices". 

Fonte: UOL

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